Bate-papo

by - outubro 30, 2020

 Você pratica? 


E chegamos ao último post de amor deste mês rs, amanhã é nosso dia lindo 31/10, 5 aninhos de casados e para fecharmos nossa série, gostaria de trazer mais sobre a troca e quais ferramentas utilizamos para nos auxiliar na coisa linda que é o casamento.

Relacionamento é uma via de mão dupla, tem que fluir, tem que ir e vir. E como já conversamos, não é necessário ser iguais, ter os mesmos gostos, mas sim, estar disposto. Disposição é outro atributo muito importante para um relacionamento, e aqui eu me refiro a qualquer tipo de relacionamento, seja ele de casal, amigos ou família.

Mas para haver a troca, temos que saber do que o outro gosta, precisa, quer e para isso é importantíssimo o diálogo. Esse cara que é a base de todos os entendimentos, da compreensão, da empatia, da troca.

Porque o que é bom, aceitável, legal para mim, pode não ser para o outro, e ter clareza disso é o primeiro passo. De acordo com o livro As 5 linguagens do amor, cada pessoa tem uma forma de amar, e muitas vezes o que eu expresso como amor é a minha linguagem de amor, mas não vai ser necessariamente a linguagem de amor do outro.

Por exemplo: para uma pessoa que amar é expressado em Palavras de afirmação (o amor tem que ser falado), se ela se relaciona com uma pessoa que a linguagem de amor dela é Formas de Servir (o amor é gesto), uma pode encher a outra de amor e ninguém se sentir preenchido com esse amor, porque enquanto uma quer ouvir eu te amo a outra está fazendo aquele jantar romântico, mas não diz nada, porque acha que não precisa.

Se essas pessoas conversarem mais sobre quais são as coisas que as fazem se sentir amada, tudo pode tomar uma proporção muito diferente e melhor, porque ninguém vai adivinhar o que vai dentro de nós, não é mesmo?! rs

No livro, Comunicação não violenta é abordada a ideia de que a irritação e a briga vem sempre de uma demanda não atendida. Uma coisa muito comum é a pessoa não falar o que ela não gosta e ir guardando, até não caber mais aquela raiva e em um momento explodir.

Neste livro ele propõe 4 passos de desenvolvimento na comunicação nas relações:
1° Observação: Observar a cena que te irrita, mas sem julgamentos, olhar como se fosse de fora;
2° Sentimento: Como nos sentimos ao observar essa ação;
3° Necessidade: Qual a sua necessidade diante dessa ação;
4° Pedido: Fazer o pedido bem específico identificando a sua necessidade.

Quando você observa a cena, avalia como isso se da dentro de você, pensa em qual necessidade sua precisa ser atendida nessa atitude, você tem todos os argumentos para explicar ao outro com clareza, o porque precisa que determinada coisa seja feita dessa ou daquela forma. Vocês trocam e entram em um acordo.

Claro, essa conversa não pode ser na hora que você está sendo desagradada/o, precisa ter um momento, totalmente fora desse contexto para vocês trocarem mais sobre o outro. Afinal, estamos mudando o tempo todo e é importante você saber quem você vai se tornando e quem as pessoas que dividem a vida com a gente também.

Alguém, em algum lugar, inventou que as conversas entre os casais são DRs, são conversas chatas, sem sentido e cansativas. O que somente serviu para afastar os casais e aumentar as brigas e discussões porque ninguém fala sobre o que sente.

Eu e o Jean temos um date toda semana rs geralmente de sextas-feiras, onde preparamos nosso jantar ou compramos, abrimos nosso vinho ou nosso suquinho, sentamos e conversamos. Conversamos sobre como foi nossa semana, o que teve de mais legal e o que foi mais chato e cansativo. Falamos sobre aprendizados do passado e planos para o futuro. Falamos sobre coisas novas que estamos gostando, uma música, um estilo de filme, um jogo legal. 

Aprendemos mais um sobre o outro, nesse momento, dizemos o que nos agrada e o que não agrada ou o que fazia sentido e agora não faz mais.

Veja, qualquer pessoa pode fazer isso, não custa nada, pode ser só o tempo da refeição ou no momento que as crianças vão dormir, 15 minutinhos dedicados a só olhar o outro, ouvir e trocar. Sem interferências, sem celular, focado e presente. Isso faz toda a diferença.  

Adapte a sua rotina, ao jeitinho de vocês como casal. Quando minha irmã está em casa, ela sempre participa com a gente. Diz como foi a semana dela, o que tem de bom e novo no mundo teen rs, a gente se diverte e aprende um bocado.

Nem sempre é fácil saber o que vai dentro de nós para poder explicar ao outro, mais difícil ainda pode ser entender o outro e aqui caímos novamente naquele nosso amigo autoconhecimento. A troca, a conversa, o conhecimento sobre quem está ao seu lado, pode ser muito enriquecedor para seus relacionamentos. 



"Conversa com aqueles que possam fazer-te melhor do que és."
Sêneca

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