Você sabe?

Assim que nascesmos começamos a aprender, cada interação é um aprendizado. De acordo com os estudos, um bebê de 24 semanas já é capaz de imitar sons que escuta :o 

Somos seres aprendentes, o tempo todo estamos em desenvolvimento, porém o foco nos processos de aprendizagem é sempre na criança. Não podemos negar que esse é o alicerce, a base de tudo o que vamos aprender durante a vida, tudo se torna mais fácil nas fases dos períodos sensíveis (de acordo com Maria Montessori eles são os períodos do desenvolvimento da criança onde ela está pronta para determinado aprendizado).

Então, investimos tempo e boas escolas para que nossas crianças sejam estimuladas em seus períodos de aprendizagem ao máximo. 

Após esse período vem a adolescencia e todo o investimento é para o vestibular, nessa época somos ensinados a como passar em uma boa prova.

Temos também um exelente material sobre o Eja (Educação e Jovens e Adultos), vários pensadores e nosso queridissimo Paulo Freire S2, que veio nos dizer sobre como é diferente o ensinar para aqueles que já vivenciam, muitas vezes na prática, o que vão aprender na teoria. Porém, muitas vezes, esse material é utilizado apenas para que a pessoa complete o ensino médio.  

E na fase adulta? Não falamos mais sobre o processo de aprendizagem, não paramos mais para pensar sobre isto, não discutimos mais sobre os métodos.

Tenho a impressão de que é como se houvesse uma crença que já sabemos como aprendemos, nos conhecemos perfeitamente e não há mais nada a aprender sobre isto, ou que esteja subentendido que nós já sabemos tudo.

Mas o que vejo, com meus colegas de faculdades, cursos e em alguns trabalhos, é que muitos de nós não sabem como aprendem e mesmo que tenham uma ideia, esse processo de aprendizagem não é respeitado pensando na individualidade de cada pessoa.

Então aprender uma coisa nova pode parecer sofrido e ruim, o cérebro acaba negando só de pensar na possibilidade, porque muitas vezes, durante o momento que deveria ser de descoberta, de desenvolvimento, foi um momento de frustração e dificuldade de entender, o que faz com que tenhamos muitas crenças limitantes sobre nós mesmos.

Quando vejo uma pessoa falando que não serve para determinada atividade (ou quando eu mesma me questiono sobre isso), porque não entende como se faz ela, ou porque é ruim nessa atividade, eu penso em todos os momentos de frustração que devem ter passado na tentativa ou só de pensar nessa tentativa.

Às vezes uma atividade nova\matéria da faculdade, curso\assunto do trabalho vai ser dificil, não vamos enteder como se faz ou o conceito na primeira vez que nos é apresentado. Mas quero te dizer para não desistir de aprender, de tentar entender, de se olhar e pensar: Como eu aprendo?

Bora pensar sobre isto?